Nesta terça-feira (18), o Museu do Inter recebeu a terceira edição do “Trajetórias – Vozes que Inspiram o Presente e Constroem o Futuro”. A iniciativa ocorre às terças-feiras deste mês de novembro e homenageia mulheres negras gaúchas que atuam nas áreas da educação, cultura, arte e justiça social.

O encontro desta semana contou com a presença de Daya Moraes, cantora, compositora e comunicadora, com atuação voltada à valorização da cultura negra. A artista conversou com uma turma de alunos da associação beneficente Amurt-Amurtel. Daya tem uma forte ligação com a história alvirrubra: ela é sobrinha-neta do ídolo colorado Tesourinha.

Daya retratou situações do racismo na sociedade, contando dificuldades encontradas como mulher e artista negra.

A artista questionou como o preconceito está presente em diversas situações, independente da classe social.

"Nós vemos as dificuldades dos jovens em falar, o racismo tem o poder de invadir todas as esferas, seja ela educacional, geográfica e profissional. No meu caso, mesmo com o privilégio de estudar em escolas particulares, nunca consegui escapar de situações racistas."

Daya finalizou sua palestra falando sobre a importância de estudar e questionar, buscando conhecimento para sempre evoluir como pessoa. "Busquem conhecimento. Essa é a maior mensagem que eu deixo para vocês. Independente da área que decidam trabalhar, sigam atrás de conhecimento, busquem histórias, da mãe, dos seus avós. Só quem conta nossas próprias histórias somos nós. E se a gente não souber quem veio antes, não saberemos o que aconteceu".